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Projeto Gemini

Will Smith em dose dupla. Se a tecnologia permite, por que não? Talvez porque rola uma estranheza razoável no rosto rejuvenescido. Melhor que o Superman de Henry Cavill sem bigode, mas ainda com várias cenas em que o CG é pesado, fazendo parecer um boneco. Ainda assim, a interação “consigo mesmo” funciona de forma poucas vezes vista antes, sem medo de colocar cara a cara, rosto colado com rosto.

Ok, sem ser chato, o filme é bom (como filme de ação), boas cenas de perseguição e luta, e de fato a preocupação de Ang Lee em fazer as lutas não parecerem coreografias funciona.

Já quanto aos 120fps da filmagem, tenho grandes ressalvas. Talvez nas 14 salas do mundo onde essa taxa de quadros é de fato exibida, fique melhor, mas num cinema comum, o esperado efeito “soap opera” realmente acontece. Tudo soa mais falso em várias situações, algo entre Bollywood e cena de acidente de carro da novela das 9, as vezes lembra jogo de vídeo game (rola até um pouco de fps em certo momento). Já o 3D é bem aproveitado, pena que uma coisa parece que nunca será solucionada: tudo fica mais escuro ao colocar os óculos.

A trama em si? Sem spoilers: nada surpreendente, mas de novo, como filme de ação, vale se você pagar meia entrada. Já 50 reais para ver Gemini é dinheiro demais.

Por Juan Lourenço

Tech, UI/UX, agile, code, game, movie, travel. Criador do ChatDireto.com e eco4planet.com