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Tweet Land

Eu ouvi falar de Tweet Land há pouco mais de ano.

Em suma, seria um joguinho de corrida bem casual, cujo grande diferencial seria usar tweets de pessoas reais para alterar a atmosfera do jogo. Cada partida seria única, exclusiva. Mas nada além disso (e de uma temática meio retrogaming) foi divulgado na época – a jogabilidade, por exemplo, era uma incógnita. Mas havia uma boa expectativa.

E confesso que esperava um pouco mais, ao jogar o recém-lançado título esses dias.

É realmente um jogo de corrida casual. Lembra um pouco Road Fighter, mas na horizontal. Você controla um carrinho vermelho cujo objetivo é chegar inteiro ao final do percurso, acumulando o máximo de pontos durante o caminho enquanto destrói outros veículos.

O sistema de usar os tweets funciona do jeitinho que foi propagado: o game tem uma espécie de client de Twitter integrado, em tempo real, que lê palavras-chave e as transforma em itens durante o jogo. Ou seja, se alguém twita “health” por aí, aparece um power-up na pista que restaura parte da sua energia. Tweets com a palavra “meteor” ou “terrorists” fazem com que, respectivamente, caia um meteoro na pista ou que você seja perseguido por um carro-bomba.

À medida que vai avançando de fases, novas palavras-chave vão sendo adicionadas ao filtro, e você começa a ser surpreendido por obstáculos engraçados, como tsunamis, zumbis e estrelas-cadentes, dificultando seu objetivo de cruzar a linha de chegada. E tudo isso temperado com um estilo retrô, pixelado, deliciosamente 8-bit.

Tecnicamente, porém, existe espaço pra melhorias. O controle é feito por um joystick virtual, desses que já estamos acostumados a usar no iPhone e iPad. Só que ele é sensível demais e, por ficar na tela, atrapalha um pouco a visualização – como o jogo em si é uma puta zona, às vezes fica difícil entender o que está acontecendo, ainda mais com o seu dedão tampando um pedaço da tela.

Os tweets são capturados em tempo real, mas não ACONTECEM em tempo real. Ou seja, você não vai ver um tsunami inundar a estrada repleta de zumbis, por exemplo. Isso não é um defeito por si só, mas pela descrição que os desenvolvedores fizeram no pré-lançamento, era essa a expectativa geral.

O fato de tweets reais influenciarem o jogo é um grande diferencial, mas não é fator TÃO crucial assim para a diversão. Se fosse gerado aleatoriamente pela AI, você nem perceberia.

De qualquer forma, é um joguinho divertido per se. USD 1,99 na AppStore.

Por Sérgio "Sobrenada"

Sr. Sobrenada, sobretudo, é publicitário, marqueteiro e tricolor, sim senhor.
Crítico, cético, ácido. Imoral, ilegal e engorda.