O Razer Onza Tournament Edition, como tudo feito pela Razer, é pensado em detalhes para os progamers (e os pseudopro, como eu). Material, design, botões adicionais, retroiluminação, resposta rápida, ajuste de sensibilidade… tudo o que você poderia pedir já foi colocado.
Spoiler: até o preço é bom!
Diferenciado
A linha Onza, compatível com XBOX 360 e PC, tem dois modelos visualmente muito parecidos, o normal e o Tournament Edition (visto nas fotos deste post). Nesta versão o material diferenciado da carcaça melhora a firmeza, dando uma sensação emborrachada e texturizada. Já a versão normal tem material aparentemente mais próximo ao do controle Microsoft padrão. O design traz linhas que, além de agradarem aos olhos, parecem ajudar na empunhadura.
Como um bom Razer, nada de wireless (o tempo de resposta seria maior e gamers prezam cada milésimo), então conviva com 4,5 metros de cabo USB de alta qualidade, leveza e flexibilidade. Não incomoda mesmo a quem está acostumado com os controles sem fio e gera uma pequena redução no peso (6%) já que dispensa bateria/pilhas.
Os botões X, Y, A e B contam com a tecnologia hyperesponse, de fato muito mais sensível ao toque, o que chega a ser estranho no começo. Você vai precisar se acostumar a não descansar o dedo apoiado nesses botões ou vai apertá-los involuntariamente. De toda forma ajuda a diminuir o tempo de reação do jogador, o que pode significar a diferença entre um tango down e um mission failed.
No Tournament Edition os botões coloridos são retroiluminados (foto abaixo).
O D-pad é partido em 4 (reparou na foto acima?) e dá aquela sensação de “Por que a Microsoft não pensou nisso antes?”. Chega a ser óbvio que direções diferentes devem ser botões independentes para evitar confusão e facilitar a identificação tátil do jogador.
Na parte superior estão dois botões configuráveis (veja na foto abaixo comparação entre o Onza e um controle padrão Microsoft). Mas não se empolgue com a possibilidade de criar macros ou rapid fire (seu cheater!), eles só servem para replicar a função de outro botão do controle (A, B, X, Y, botões superiores padrão, gatilhos, start ou back. Infelizmente as direções do D-pad não são selecionáveis).
E por que isso seria útil? Digamos que o botão B é muito usado num terminado jogo e não parece boa ideia ter que tirar seu dedão do analógico direito no meio da pancadaria para poder apertá-lo. Configure um dos botões superiores para servir de “B” e você poderá usar seu dedo indicador que está lá em cima do controle para apertá-lo.
A configuração é feita com o auxílio do painel traseiro (foto abaixo). Aperte “Remap right/left” uma vez e um led piscará identificando a função atual do botão configurável. Para trocar, segure o botão Remap e ao mesmo tempo aperte o botão que deve ser “clonado” (A ou B ou X…).
No Tournament Edition as alavancas analógicas tem um recurso interessante: girando-a para um lado o movimento fica mais firme e para o outro lado mais suave (ao girar estalos são ouvidos – a fabricante estima em 30 entre o máximo e o mínimo).
Aparentemente é um sistema interno de molas que são apertadas/afrouxadas com o girar da alavanca que faz o trabalho. A ideia é permitir ao jogador escolher entre um movimento mais solto e rápido, para situações de maior velocidade, ou um movimento mais firme e preciso, para um bom tiro sniper por exemplo.
Já os botões Back e Start foram deslocados para baixo, uma decisão estranha provavelmente na intenção de evitar cliques involuntários. Ainda me pego tentando apertá-los com o dedo no espaço vazio do meio do controle onde eles costumavam ficar.
Na parte inferior está a mesma entrada para fone 2,5mm do controle oficial Microsoft (nunca havia reparado que não é um conector 3,5mm padrão), e nada daquele encaixe bizarro para o tecladinho QWERTY (que ninguém usa… usa?).
Na prática
O controle de fato tem uma pegada diferente, mais firme, principalmente pelo tipo de material usado. Todas as teclas tem sensibilidade superior a do controle original, mal se precisa apertar e o comando já é enviado.
Ser cabeado não atrapalha e o d-pad dividido em 4 é mesmo ótimo. A iluminação traseira nas teclas coloridas é bacana, pouco útil, mas bacana.
Já os botões configuráveis e o “ajuste de resistência” dos analógicos são recursos que, na prática, ainda não usei. Um hard user talvez faça bom proveito, mas para gamers médios é como ter Flash no celular, bom saber que está lá, só isso.
Compras
O controle é encontrado no Brasil devidamente inflacionado: a partir de R$ 180 na versão “normal”. Uma boa opção é pedir no eBay com um vendedor Top Seller como este por US$ 54,75 + US$ 6,95 (frete), ou seja, R$ 123,00 com o dólar 2 pra 1, e já na versão Tournament! Demora três a quatro semanas e talvez role imposto.
Veredicto
Vale muito a pena, principalmente se você considerar todas as vantagens apontadas e o preço similar ao de um controle Microsoft padrão oficial no Brasil.
“Unboxing” e mais fotos (incluindo comparação com controle Microsoft padrão), abaixo: