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Por que os filtros à la Instagram são realmente importantes

O Instagram, que no próximo dia 06 completará três anos de vida é muito mais do que um aplicativo para fotos nos celulares (e que vida! foi vendido ao Facebook em fevereiro por 1 bilhão de verdinhas!). Seu crescimento certamente é fruto dos famosos filtros-hipster, e da rede social própria que cria entre você e seus amigos (seguidores/seguidos).

E os filtros costumam ser mal vistos por muitos, especialmente por amantes da fotografia ou por quem está de fora da brincadeira (o que até não muito tempo significava toda a raça Android, e isso é gente pra caramba). Mas discordo. Filtros, seja do Instagram ou de outros vários apps que foram aparecendo com o tempo, não são frescuras.

Vem comigo.

 

“Não estraguem as fotos”

Um dos principais argumentos contra os filtros é: “Mas justo agora que as câmeras de celulares são boas o suficiente vocês usam filtros que estragam a qualidade? Não faz sentido” (provavelmente foi o Felipe Neto quem terminou essa frase).

Antes disso é bom perceber que, independente da qualidade, agora todos tem uma câmera (leia-se, um celular) a disposição, e nós adoramos tirar fotos. De tudo e todos. E foto boa é foto que você mostra pros amigos.

Então perceba: muita gente tirando fotos, boas fotos. Chegou num ponto em que tirar fotos com alta qualidade de alguma coisa era só mais do mesmo. Paisagens, animais, comidas, festas, são as mesmas coisas e com qualidade que até outro dia só câmeras profissionais teriam, agora a disposição de qualquer mortal. Orkutizaram as fotos de alta qualidade, virou commodity, perdeu valor.

 

Dê a sua cara

Se controlar exposição, foco e outros aspectos técnicos quase é desnecessário na maioria das fotos de celulares, sobrou pouco pra mostrar personalidade ao fotografar. Você tem ângulo, momento e pós-processamento.

Ângulo e momento fazem uma diferença absurda. Sigo pessoas no Instagram que tem fotos “simples” mas sempre interessantes pela forma como foram tiradas, não necessariamente por causa do conteúdo – é o caso do Leo Martins, por exemplo. Mas isso exige aprendizado, treino, não é do dia pra noite.

Última foto do Leo. É só um cachorro num portão, mas ângulo e momento tornaram a foto muito mais do que isso.

 

De fácil acesso mesmo, só o pós-processamento. Sim, os filtros!

Você tem algumas dezenas à disposição, passa um por um, fica na dúvida entre dois ou três, alterna entre eles e ok, este. O tilt-shift também pode ser interessante, um pouco mais difícil de fazer na concepção original de miniaturizar a cena, mas pode servir apenas como embaçamento, brinque com isso. Com moldura ou não, brilho/contraste estourado…

E pronto, você deu a sua cara, seu sentimento, sua expressão àquela foto. Não é só mais uma foto de boa qualidade de alguma coisa, ela agora tem escolhas, um pouco de você embutido.

Tirada enquanto escrevia o post. À esquerda original (melhor qualidade) e à direita com efeito (aquele “toque pessoal”).

 

O Instagram pode ter outros problemas (do lado do usuário), como as excessivas fotos de comida e o narcisismo de alguns usuários, mas e você, o que acha disso tudo?

 

Obs.: Existem outros bons apps que fazem mudanças na foto de forma criativa, como o Paper Camera [Android | iOS] e existem fotos que merecem ser divulgadas como foram tiradas, muitas vezes tagueadas com #NoFilter

Por Juan Lourenço

Tech, UI/UX, agile, code, game, movie, travel. Criador do ChatDireto.com e eco4planet.com