Um filme sobre zumbis tem tudo pra ser sanguinolento, cheio de membros decepados e outras bizarrices que espantariam boa parte da audiência, mas, custando 200 milhões de dólares (o mais alto orçamento em um filme de terror da história), a produção não poderia se dar ao luxo de perder público. Aliás, de terror o filme tem mais os sustos e as caras feias dos mortos-vivos do que aquela clássica melequeira.
Mas isso não tira tantos pontos do filme (que por essa estratégia conseguiu uma classificação de 12 anos), já que a história se desenrola bastante bem e os efeitos especiais são de primeiríssima qualidade.
Sobre a história, bom, é uma abordagem diferente de um assunto conhecido. Gente que morre e desmorre e sai perambulando a procura de novas pessoas para infectar. Tem aquele toque militar com falas que fazem brilhar os olhos de jogadores de FPS como alpha team in position, tiros e granadas. Tem uma família em perigo ao estilo Guerra dos Mundos. E tem os zumbis mais rápidos da história! Sério, eles não são preguiçosos como em The Walking Dead, são muito mais Left 4 Dead quando alguém joga uma pipe bomb, correm como se não houvesse amanhã (e pra eles, não deve haver mesmo).
Então, evitando entrar em spoilers, é um ótimo filme de ação/terror, que merece ser visto em 3D, principalmente pelos bons sustos que isso permite. Nota? 7 talvez. Não é tudo isso, mas merece ser visto, e no cinema, não vai ter graça nenhuma em casa, então siga para a tela grande mais próxima. E por falar nisso…
Sala XD do Cinemark
Ok, não é exatamente novidade, o formato existe desde 2009 nos EUA e mesmo aqui em Ribeirão Preto/SP já foi instalado há alguns meses, mas é a primeira vez que assisto numa sala desse tipo (costumo ir no UCI) então eis minhas considerações:
O tamanho da tela é bem bacana, maior que o normal de forma bastante perceptível e com curvatura para dar aquela imersão, ocupando quase todo seu campo visual. Não é tão grande quanto o IMAX, que conheci em SP vendo Batman – The Dark Knight Rises no ano passado, mas talvez nem seja um ponto negativo (o IMAX exige sentar mais pra trás, ou você terá que ficar virando a cabeça pros lados ao estilo espectador de jogo de tênis pra conseguir ver tudo)
Então, se o tamanho da tela não me surpreendeu tanto, fiquei mesmo impressionado com a qualidade da imagem. A sensação de detalhamento, brilho e contraste é bem mais parecida com a de uma TV FullHD , coisa que a maioria das telas de cinema não conseguem, principalmente para um filme 3D cujos óculos escurecem a imagem.
Já o som, sinceramente, não senti diferença. Apesar do propagandeado sistema de 29 caixas com mais de 55.000 watts de potência, ao menos em World War Z, me pareceu similar a qualquer outra sala.
