Categorias
Traquitanas

Fones Shure SRH440 – As músicas que eu ouvia não são mais as mesmas

818A4clxHLL._SL1500_

Por diversas vezes li matérias sobre fones de ouvido de alto nível e me parecia um tanto exagerada a empolgação com que os editores falavam da qualidade, dos detalhes antes imperceptíveis das músicas, dos diferentes níveis de frequência alcançados e até da noção espacial percebida.

Já que meu velho fone full-size-meia-boca machucava a orelha, resolvi pegar outro e dessa vez levar a coisa a sério. Usei um ótimo post do Gizmodo (do ano passado* é verdade, mas se aqueles eram excelentes fones na época, continuarão sendo excelentes hoje, com sorte até mais baratos), e fui de Shure SRH440.

Comprado no eBay (e pagando imposto na entrada…), ele chegou em um mês. Antes de falar sobre outros aspectos, tenho que adiantar minha sensação ao ouvir a primeira música com ele: PUTA QUE PARIU! Sim, é outro mundo, as músicas são ridiculamente mais detalhadas e limpas do que eu podia imaginar. É assustador.

Ok, voltando. Na caixa, o fone (dobrável, facilitando o transporte e ocupando menos espaço para guardar), o cabo espiralado de alta qualidade que pode ser esticado por vários metros tranquilamente, um case de couro para transporte e um adaptador de P2 (3,5mm padrão) para P10 (1/4″, muito usado em mesas de som).

 

15161

O fone tem ótima regulagem de tamanho, servindo para toda cabeça possível. É confortável, acolchoado e gera um isolamento sonoro excelente – coloque e esqueça do mundo. O cabo é rosqueado no fone, então se ele quebrar você pode trocá-lo sem ter que descartar o fone todo (ou abri-lo numa mesa cirúrgica bancada de eletrônica), o que dificilmente será necessário – toda a construção reflete qualidade.

Mas é o som que vai derrubar seu queixo. É difícil explicar, já usei vários chavões típicos de análise de fones nas linhas anteriores, porque é verdade, até instrumentos que eu nem sabia que estavam na música apareceram.

E no caso do Shure SRH440, diferente de alguns modelos inclusive de alto nível que priorizam o grave, o áudio é considerado neutro, bem equilibrado como um audiófilo gosta. Na prática eu diria que, se isso é o que eles chamam de equilibrado, eu tenho medo do que é priorizar o grave. As batidas são ótimas, com uma boa pressão (e eu gosto de graves!), mas sem se sobrepor aos agudos e médios.

Agora faço coro à frase mais recorrente neste tema: “depois que você experimenta bons fones, nunca mais volta atrás”, aliás, a tendência é que você queria sempre outro ainda melhor, mas para isso precisará desembolsar uma boa grana, até porque a melhoria é uma curva decrescente, ou seja, há muita diferença entre um fone de US$ 20 e um de US$ 100, mas uma diferença bem menor entre o de US$ 100 e um de US$ 300.

Nota: A citada matéria do Gizmodo tem dicas de fones de diversos tipos e preços, então se você prefere os in-ear, por exemplo, também terá ótimas dicas lá.

Por Juan Lourenço

Tech, UI/UX, agile, code, game, movie, travel. Criador do ChatDireto.com e eco4planet.com