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Razr D1 – Impressões rápidas – Android sob medida para o mercado brasileiro

RAZR I vs RAZ D1

Sabemos que o Android é uma plataforma popular, mas aqui no Brasil existe um mercado realmente grande que pede celulares dual-sim e TV, até algum tempo atrás exclusividade dos Xing-Lings, e é exatamente neste ponto que a Motorola acerta em cheio: um aparelho com ambos os recursos + Android atualizado (4.1.2 – Jelly Bean), além da promessa de atualização para a próxima versão (que espera-se seja o Key Lime Pie, embora a Motorola possa dar uma trollada e atualizar só para o 4.2.2 ) .

O Razer D1 que brinquei um pouquinho foi comprado por minha irmã e entregue em minha residência, não resisti e fucei… vamos à análise (todas as imagens são “clique para ampliar”)

 

Aparelho

As especificações são modestas para os dias de hoje, mas bem robustas para um celular de entrada: processador de 1GHz, 1GB de RAM, 2.31GB  de memória interna livre para o usuário (o total seria de 4GB, mas como sempre acontece, boa parte vem ocupada pelo sistema e aplicativos pré-instalados. Há entrada para cartão de memória caso precise – o aparelho não traz nenhum).

O Android sofreu poucas customizações, recebendo a tela de configurações rápidas na esquerda e as Smart Actions (que automatizam ações como botar no silencioso, ligar Bluetooth  ativar tela de direção, tudo conforme a necessidade do usuário com gatilhos por horário, conexão, localização GPS e outros).

Screenshot RAZR D1 Screenshot RAZR D1 "quick settings"

 

Tela

A tela de 3.5″ com resolução de 320 x 480 pixels repete as configurações encontradas nas três primeiras gerações do iPhone, mas para quem está acostumado com telas de maior densidade, vai logo perceber o serrilhado dos gráficos e textos. Também não sei se foi impressão mas as cores pareciam mais “lavadas” apesar do brilho da tela ser bom (não pude testar a legibilidade sob o sol).

O vidro da tela não é Gorilla Glass, então tome cuidado pra não arranhar. A transição entre telas é bem fluida, pode ser a gracinha do Project Butter somado a 1Gb de RAM e os poucos aplicativos instalados. O toque é bem responsivo e os gráficos bonitos.

 

Recursos

Todo o pacotinho do Google vem instalado: G+, YouTube, Maps, Gmail, Drive, blá blá blá… Navegador padrão Chrome (não vem com outro navegador embutido) e traz o pacote QuickOffice para edição, leitura e criação de arquivos de padrão Office.

Agora a gracinha do aparelho é a TV, e ele pega tanto TV analógica (que aparece como ATV) quanto digital (DTV). Mas a antena interna é triste, como se poderia imaginar, e ao invés de uma externa diretamente no aparelho, daquelas metálicas fininhas que você puxa, optaram por uma gambiarra feia que é ligada no plug do fone de ouvido. Caso queira você poe ligar o fone de ouvido nessa anteninha para usá-lo.

Razr D1 - TV Globo Digital

Sem cartão de memória você terá os 2.3Gb, se vira aí! Alguns jogos mais pesados poderiam ocupar metade disso facilmente, mas não é o público do aparelho, e é uma opção da fabricante provavelmente para mantê-lo barato.

Os slots para os SIM Cards ficam em baixo da bateria. Só o slot 1 aceita WCDMA (3G), mas nas configurações você pode escolher qual chip fornecerá a conexão de dados (lembrando que o chip 2 será apenas 2G).

RAZR D1 - Tampa, bateria e slots

 

Bateria

A bateria de 1.785mAh promete bastante tempo de duração mas não tive tempo de testar já que usei o aparelho apenas por uma hora e ele já chegou com apenas 40% de bateria. A capacidade realmente é considerável para um aparelho com essa configuração e tamanho de tela, hoje considerado pequeno (curiosamente o iPhone tinha esse tamanho de tela quando foi lançado e era considerado imenso, hoje é miudinho, o tempo passa…), embora o dual chip simultâneo possa comer um tanto mais (é quadriband em ambos). Aliás, ainda que rapidamente, quando minha irmã chegou para pegar o aparelho, colocou os dois chips e a recepção pareceu estar boa, tudo certinho.

 

Construção

Ele tem o desenho MUITO parecido com o RAZR i (fotos abaixo), apesar de ser todo plástico, inclusive a traseira que no irmão maior é de Kevlar. Ser tão parecido é uma vantagem embora o material não passe uma sensação tão boa de qualidade, e é mais gordo, mas lembre-se que é um aparelho de entrada, por um preço bem interessante, então é bastante justo.

RAZR D1 vs RAZR I RAZR D1 vs RAZR I

RAZR I vs RAZR D1 D1 tenta imitar o fundo de Kevlar do I

 

Conclusão

Para um aparelho low-end ele possui um conjunto bem interessante e um ótimo custo-benefício – R$ 499 a versão sem TV, ainda em pré-venda com entrega prevista para 16/04, ou R$ 549 a versão com TV. E dá pra conseguir bons descontos nas lojas online em cima desses preços, principalmente à vista.

Para quem é exigente, acostumado com telas grandes/de alta densidade de pixels ou com processadores e GPUs mais fortes, ou para quem quer um aparelho adicional que não seja um dumbphone, pode servir como segundo aparelho, mas para quem vai entrar no mundo dos smartphones agora, é um excelente começo.

Por Thales Francisco

Biólogo, Geek e Pai de duas criaturinhas lindas. Viciado em tecnologia. Professor por amor a profissão. Estudante de Ciência da Computação (Porque nunca é tarde pra começar uma nova carreira.)