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Out There Somewhere – A soma de 2D indie e Portal

Em 1 palavra? FANTÁSTICO!

Mas deixar uma palavra não tem graça, não é pra isso que estamos aqui. Então vou deixar meus 2Centavos a respeito desse jogo.

Voltando ao começo da história, estava eu de bobeira no twitter quando @ninaringo solta a propaganda da pré-venda do jogo. Fui feito um doido e comprei, 5 dólares, uma bagatela. Mas vamos voltar ainda mais. Por que raios eu compraria um jogo que uma amiga indicou no twitter sem pensar duas vezes?

Porque já tinha visto o trabalho do Studio Miniboss na Game Jam (maratona de produção de jogos em 48 horas) que resultou no Trapped! In the Chamber of Eternal Darkness e neste evento a Marina Val estava na equipe. O Trapped, aliás, é bem legal (mas não é o meu tipo de jogo). Para completar, vi o trailer do Out There Somewhere, aí fiquei doido!

O jogo é isso que você pode ver aí no vídeo, 8bits, 2D, com uma mecânica de teleporte um tanto similar a Portal e que gera vários quebra cabeças interessantes. Se você curte alguns desses elementos, compre agora.

A mecânica não é “Oh que difícil”. Depois que você pega a manha é pensar um pouco e vai conseguir resolver os puzzles, o que dá um fator diversão e realização grande! (ao contrário de Portal que tinha uma fase maldita com um timing tão preciso que quase me frustrei porque sabia exatamente o que fazer, como fazer e quando fazer, mas perdi mais de 1 hora pra passar, sem usar cheat ou walkthrough). Ok, tem fases que precisa de um certo timing, mas não é difícil a ponto de te desanimar depois de 1 hora preso.

Out There Somewhere apesar das referências óbvias é um jogo único, diferente, divertido, viciante, e com um nome grande – a partir de hoje só vou falar OTS. É cativante e cheio de detalhes escondidos, e ainda me fez desenterrar um gamepad pra jogatina ficar mais completa.

Zerei OTS em umas 3 horas (não consecutivas porque tinha que fazer as obrigações de pai de gêmeos enquanto a música do jogo não saia da cabeça – e ainda não saiu). Me faltou encontrar todos os detalhes, não recolhi todas as peças da nave, não achei todas as armas… ou seja, tenho que jogar de novo, agora com mais carinho e atenção.

O jogo começa num estilo galaga (não conhece? googleia aí), antes de passar para a ação 2D principal. Você acaba caindo num planeta e tudo o que tem é a arma de teleporte. Encontra alguns ETs que ajudam, outros nem tanto, e alguns monstros muito doidos. Já jogou Megaman? Metroid? Não os novos, os de NES 8bits mesmo. É nesse estilo, anda, atira, quebra a cabeça pra conseguir sair da sala/fase e aproveita a arma de teleporte.

 

Dica: Monitores de contraste alto, jogar em ambiente escuro/com iluminação artificial ajudam a encontrar algumas soluções. Eu joguei de dia e a luz natural atrapalhou ver detalhes das cenas.

 

Um fator interessante é a criação ser 100% brasileira. SIM! O Studio MiniBoss é nacional :) O jogo é de autoria do Santo e da Amora com a trilha sonora do Iuri Rodrigues (olha lá no site deles)

E a melhor parte, onde encontrar? AQUI. São só 5 dólares (menos de 9 reais) pelo jogo completo, então larga mão de ser muquirana. O jogo pode não ser longo, mas você paga mais caro no cinema por filmes de 1 hora e meia e nem reclama – além de não ter a possibilidade de repetir a dose quantas vezes quiser encontrando mais coisas interessantes, como eu vou fazer com o OTS. Se quiser também pode pagar um pouquinho mais (7,49 dólares, menos de 13 reais) pela versão Voskhod com livreto de dicas, músicas, etc. (como comprei na pré-venda o pacotão saiu pelos 5 dólares)

Voltando ao começo. OTS é fantástico! Jogue e depois jogue de novo!

Por Thales Francisco

Biólogo, Geek e Pai de duas criaturinhas lindas. Viciado em tecnologia. Professor por amor a profissão. Estudante de Ciência da Computação (Porque nunca é tarde pra começar uma nova carreira.)