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[Os Vingadores] Entrevista com Bruce Banner, o Incrível Hulk

Para encerrar nossa série de entrevistas com os personagens do filme Os Vingadores (The Avengers) veremos o que aconteceu com nosso repórter ao entrevistar o Dr. Bruce Banner – o Incrível Hulk.

Para a missão destacamos Fabricio (Siciliano), o único corajoso (ou imbecil) que aceitou cumprir essa ingrata tarefa. Segue a transcrição do áudio gravado.

 

[2Centavos] Bom dia, Dr. Bruce Banner, como o senhor está?
[Bruce Banner] Bom dia meu jovem. Eu estou me sentindo bem, mas isso é bastante relativo.

[2C] Hum, e qual é a sensação de salvar o mundo?
[BB] Salvar o mundo é uma experiência muito gratificante, embora eu o tenha feito indiretamente, se é que me entende.

[2C] Entendo, o senhor quer dizer que acabou salvando o mundo como Hulk, não é?
[BB] É um tanto complicado explicar isso, mas digamos que sim. Eu e o Hulk estamos na mesma pessoa, somos a personificação de extremos da minha personalidade que assumem o controle em situações especificas. Somos duas faces da mesma moeda. Então na verdade ambos salvamos o mundo, mas em determinados situações cada face foi útil a sua maneira.

[2C] E como funciona essa mudança de uma personalidade para outra?
[BB] Depois que o vazamento de raios gama me atingiu, a separação acontece normalmente em um rompante de raiva. Desta forma o Hulk aparece de forma mais descontrolada, e quanto mais irritado ele fica, mais forte ele se torna, mas ao mesmo tempo mais descontrolado. Eu tenho conseguido segurar essa transformação em algumas situações.

[2C] Como?
[BB] Meu jovem, eu estou sempre com raiva, então é só deixar a raiva fluir aos poucos.

[2C] Por que o senhor está sempre com raiva?
[BB] Como todo grande cientista, em minha adolescência eu sofri bullying. Mas não quero entrar nos detalhes disso, para o seu bem e o de toda sua equipe.

[2C] Ok, falaremos sobre o assunto mais adiante?
[BB] NÃO, não falaremos.

[2C] Está bem, mas sabe como é… na verdade, desculpe falar tão francamente, mas é que, bom, queríamos mesmo era falar com o Hulk.
[BB] Você não tem ideia do que está pedindo e me provocar não é uma atitude muito sã.

[2C] Isso eu sei, mas o pessoal da redação insistiu para que eu falasse com o Hulk, até porque cientistas sendo entrevistados não são tão interessantes pro público e. Particularmente, eu queria ver de perto o Hulk, sabe, sou fã dele! Mas até fiquei interessado no Sr. quando mencionou o bullying, isso dá audiência. Deve ter sido uma experiência muito traumática, algo que pode ter machucado muito o senhor ao ponto de ter se fechado no mundo da ciência e criado esse distúrbio psicológico que originou o Hulk. Na verdade eu até acho que essa explosão de raios gama seja uma desculpa para que o senhor bote para fora essa raiva do mundo, por ter sofrido tal experiência na juventude.
[BB] COMO É? VOCÊ ACHA QUE USO A EXPLOSÃO COMO DESCULPA? E JÁ FALEI QUE NÃO RESPONDEREI SOBRE ESSA EXPERIÊNCIA.

[2C] Ok Dr., mas o senhor entende a importância de falar sobre o assunto? Sabe quantas pessoas já sofreram tão repulsivo ato de agressão psicológica? Seria muito importante que isso fosse transmitido para o público. Afinal, uma celebridade passando por coisas que as pessoas comuns passam, com certeza abriria portas para…

(transcrição: ruídos na gravação, aparentemente a sala onde a entrevista ocorria sofreu uma trepidação).

[HULK] HOMENZINHO CHATO, NÃO QUERO FALAR NADA!

[2C] Calma Dr. Bru… Ãh Hulk, só queria conversar um pouco e….
[HULK] HULK NÃO VAI FALAR NADA! HULK LOUCO DE RAIVA! HULK VAI APERTAR PESCOÇOS!!!

[2C] OK! Ok! Me desculpe, vamos então encerrar a entrevista com algumas perguntas rápidas:

Ser um herói é…

(transcrição: estrondos, explosões e ruídos. chiado. silêncio).

 

E essas foram as ultimas palavras que conseguimos transcrever após um difícil trabalho de recuperação do gravador que foi encontrado destruído. Infelizmente não temos um pé para a matéria pois nosso querido companheiro Fabrício está desaparecido. Resta nossa esperança de que ele esteja bem e retorne para o QG do 2Centavos.

 


Aparentemente é a última vez em que terei de suportar o Capitão Óbvio exigindo esta nota de rodapé. Sinto um alívio por isso. E então, eis a informação que ele tanto quer: “Nós inventamos essas entrevistas, não são reais!”. Tchau Capitão!

Por Fabrício "Siciliano" Piccini

Desenhista amador, escritor amador, jornalista amador (hoje em dia pode!), atleta amador, mas um opinador profissional. Curto filmes, games, quadrinhos e comida. Mas quem não gosta disso?