Você não leu errado, vou falar de um filme super velho! Mas não é só pra dizer que “O Vingador do Futuro” é bom, porque eu gosto tanto que vi ele de novo hoje em Blu-Ray (é, tenho o disco em minha coleção). Estou escrevendo para falar um pouco da tecnologia, como eles imaginavam que será daqui 34 anos (o filme se passa em 2048) com a mentalidade de quem está saindo da década de 80 em meio a todos aqueles penteados bregas, permanentes e mullets. Ok, nem tem mullets, só permanetes, mas tem a moda santropeito, e tem a Sharon Stone!!!
Então, o futuro previsto para 2048 é muito bizarro quando observando daqui da nossa tecnologia de 2014… Em 1990 ele era um filme futurista, hoje é um retro-futurista, tal qual Steampunk vê o futuro com os olhos da era vitoriana. Ali é algo bem estranho, que erra na maior parte das previsões e acerta uma coisa que dá medo (não tanto, pode continuar lendo).
Uma que me chamou muita atenção foram os videofones, que eram inclusive orelhões, com suas telas na vertical e não há celulares! Imagine um futuro sem celulares!
Pois é, continuando com o super-retro-futurismo esbarramos com táxis autoguiados – eles tinham um motorista robô retardado… qual a necessidade disso? Ninguém imaginava que o carro poderia se guiar sozinho? E mais, o carro tem 6 rodas, 2 traseiras para a tração e 4 na dianteira, então ele faz curvas mexendo 2 eixos ao mesmo tempo! Repito, qual a necessidade disso???
Para completar, os carros são todos quadrados, claramente inspirados no estilo do Fiat Mille e outros da década de 80… tudo quadradão, bem longe da aerodinâmica de hoje. Mas acertaram em parte né? Os carros autônomos estão por aí e nada impede que daqui 30 anos sejam a coisa mais comum do mundo.
E que tal o projetor holográfico de pulso, seria o futuro do Galaxy Gear? Caramba eu só pensava nos smartwatches.
O Raio-X do aeroporto seria tão mais divertido se fosse daquele jeito, mas nada indica que tenha futuro. Uma pena, porque é das coisas mais bonitas de se ver no filme… bem bolado.
Já na casa do protagonista a TV na parede ocupa uma área quase quadrada (formato 4:3), e aí ela triplica para mostrar uma paisagem. Estranhamente é a única tela plana em todo o filme, todas as demais são CRT curvadas, padrão da época em que o filme foi feito, sem contar que as imagens de muitas delas tem poucas cores, são 8 bits.
Ah, eu disse que acertava uma coisa que dava medo? Vídeos na vertical. Isso é triste e permeia o filme todo pelos vídeo-phones e nas instruções que o personagem principal dá a si mesmo.
Assistir um filme de ficção antigo é como mergulhar num futuro inóspito pensado no presente do momento que o filme foi concebido. É engraçado, interessante e muitas vezes intrigante em analisar como pensavam que o futuro seria naquele momento histórico.
Então para encerrar, se a tecnologia “do futuro que não veio” não é o bastante para você rever este clássico, vou citar três ótimos motivos pra você correr assistir o filme em HD: