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Homem de Aço: O Super-homem blasé

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Entre as grandes estreias do ano, Man of Steel tenta reavivar um dos heróis mais clássicos e abandonados da atualidade. Ele se esforça, tem um elenco de peso, orçamento de centenas de milhões, e seus traileres mostravam um longa épico e cheios de efeitos especiais. Os efeitos estão lá, mas e o épico?

Muitos outros reviews já foram feitos, então saibam que minha opinião é a de quem não acompanha HQs, está pouco se lixando pros filmes anteriores (dos quais nem se recorda) e que foi para o cinema com uma expectativa bem baixa por conta das opiniões negativas que vinha lendo.

Nesse contexto, o filme é bastante bom sim, com atuações de alto nível entre os pais de Kal-El e de Clark (ou seja, os dois casais de pais do Super Homem) e do rival General Zod. Você leu direito, e isso é uma pena: nem o personagem principal, nem sua peguéti terráquea Lois Lane se destacam, pelo contrário, Henry Cavel até encarna bem o papel mas, fatalmente por culpa do roteiro e da direção, se torna um herói insosso, blasé, sem vontade, sem aquele apelo com o público que nos acostumamos a ver principalmente nos filmes da Marvel.

Aliás, é fácil notar a diferença entre Marvel e DC. Enquanto aqueles tem filmes com toques de humor do começo ao fim, heróis que divertem e se humanizam pelo jeito errado de ser, os DC parecem sempre mais tensos, sofridos, e pra entender isso é só pensar em Batman.

E o que acontece é isso. Homem de Aço é um baita filme, conta a história de Krypton se despedaçando, o porque de Kal ser mandado para a Terra (bem emocionante, diga-se), como ele cresceu escondendo seus poderes (mas usando de vez em quando* no caso de estar envolvido no problema), até ser obrigado a usá-los para salvar o planeta que o adotou.

*: Esse miolo sofre de dois problemas: são trechos em flashback desordenados, que por si só não explicam muita coisa, servindo basicamente pra gerar o segundo problema, uma enrolação desnecessária. O filme tem 2h23 e poderia ter facilmente meia hora a menos, tirando um tanto daqui e outro da pancadaria interminável na parte mais ao final.

Conclusão: belo filme, vale ser visto principalmente por quem gosta de ação, com altíssima qualidade visual e boas interpretações, mas faltou ao Super Homem ser o que deveria: o balaústre da correição, disposto a fazer a coisa certa custe o que custar, enérgico mas não inconsequente. E menos detalhes estapafúrdios, por favor.

Por Juan Lourenço

Tech, UI/UX, agile, code, game, movie, travel. Criador do ChatDireto.com e eco4planet.com