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Foz do Iguaçu: um guia de viagem completo

Consegui 3 dias de folga, emendei com um final de semana e um feriado e aproveitei para conhecer Foz do Iguaçu. Sinceramente nunca esteve na minha lista de destinos – na verdade America do Sul nunca foi exatamente prioridade, mas como seriam poucos dias a esposa deu a ideia e foi realmente muito legal, não imaginei que uma viagem “rápida” pudesse ser tão boa.

Como toda viagem, tem coisas boas, outras mais ou menos, e dicas que seria legal se alguém tivesse me dado antes. Então, vamos aos 2Centavos sobre Foz do Iguaçu, Puerto Iguazú e Ciudad del Este!

[clique nas fotos para ampliar]

 

Como ir

A cidade tem um aeroporto internacional, então existem voos do país todo e até do exterior chegando lá. É a forma mais comum para quem mora longe. Optando pelo avião você vai depender de ônibus e táxi, ou alugar um carro.

14890330_1445624695477691_8169276182857382108_oSeguimos outra estratégia, (bem) mais cansativa, mas muito mais prática e que permitia levar nossa cachorrinha tranquilamente: ir de carro, saindo de São Paulo, mais de 1.000Km de distância e cerca de 13h de viagem.

Dividimos o trajeto em dois dias, saindo cerca de 17h de São Paulo, dormindo em Londrina e continuando no dia seguinte. Na volta, a mesma coisa, dormimos em Londrina para chegar em São Paulo no outro dia. Em Londrina dormimos em um motel – prático e metade do preço de uma diária de hotel. 

Pare no caminho algumas vezes para esticar as pernas, comer alguma coisa, e siga em frente. A estrada é excelente na primeira parte, e ok na segunda, já descendo para o Paraná até Foz do Iguaçu – bem conservada, sem buracos, mas com bons trechos de pista simples, felizmente sem muitos caminhões, então foi uma viagem tranquila. O trecho mais final tem poucos postos de combustíveis, então não espere o tanque chegar perto de esvaziar para abastecer.

Para calcular os custos de combustível e pedágio recomendo o site Mapeia ou o app Pedágios Brasil.

 

Onde ficar

whatsapp-image-2016-11-04-at-8-26-19-amAssim como já fizemos antes fora do Brasil, optamos pelo Airbnb, afinal, preço muito melhor do que em Hotel, por um apartamento completo, espaçoso, super bonitinho, dois quartos, sala de jantar, cozinha, tudo, ou seja, você se sente em casa, confortável, pode até cozinhar se não quiser comer fora o tempo todo (e economizar com isso), e ainda paga menos pela hospedagem.

O apartamento estava dentro de um condomínio fechado, o que garante maior segurança, e numa localização prática para sair para qualquer lado.

Se quiser se cadastrar no AirBnb, clique aqui e já ganhe R$ 85 de crédito para se hospedar.

 

 

Cataratas do Iguaçu

Claro, destino óbvio de quem vai para lá. As cataratas são realmente gigantescas, um espetáculo da Natureza e precisam ser visitadas. Mas vamos ao que interessa, as dicas:

Chegando ao local, o estacionamento custa R$ 21 para o dia todo ou você pode parar em estacionamentos um pouco antes ou do outro lado da avenida por cerca de R$ 15. Parei no das Cataratas mesmo. Fomos pela manhã, parece uma boa ideia por ser menos quente e permite ir no Parque das Aves em seguida.

Você compra o ticket por R$ 33 e pega um ônibus, daqueles turísticos de dois andares, o de cima com teto mas sem janelas, então é bacana para curtir a paisagem e o vento no rosto – tente ir em cima, mesmo que tenha que esperar o próximo ônibus.

No caminho ele faz várias paradas que dão acesso a diferentes passeios, como caminhadas (a primeira tem uns 9Km) e o famoso Passeio do Macuco, que não fiz, custa R$ 198 por adulto e, bom, você vai num bote até quase de baixo d’água (dá pra ver o bote na foto ao lado!). Sozinho eu provavelmente iria, já fiz rafting e outros “esportes radicais”, mas a esposa não curte então tudo bem.

A penúltima parada é a que quase todos escolhem porque dá acesso a uma trilha de cerca de 1,5Km, bem tranquila de andar e dá uma ótima vista para a queda d’água ao longo do trajeto. Tem mirantes e bons lugares para fotos. A última parada é direto no final – caso tenha algum velhinho ou cadeirante no grupo, tem que ir pra lá, caso contrário, desça do ônibus na parada anterior.

Ao final da caminhada chegamos à “Garganta do Diabo”, com uma passarela que leva até o meio das quedas e você vai se molhar muito se quiser andar até lá. No início dessa passarela existe uma banca vendendo capas, que não vão te proteger 100%, mas é melhor do que nada – custa uns R$ 15 – e cuidado com celulares e câmeras.

Em seguida está a loja de souvenires e os elevadores para voltar para a parte alta onde passam os ônibus. Como os elevadores estavam com filas longas, optamos por subir andando, não os 1,5Km de volta, claro, só a subidinha ali mesmo.

Existe também a visita às Cataratas pelo lado Argentino, que dá outra visão do local – deixamos essa para a próxima visita à Foz. Ah, tem também um voo panorâmico de helicóptero – pelo que pesquisei na Internet custa R$ 430 por pessoa (10 minutos sobre as Cataratas) ou mais de R$ 6.000 para grupos de 4 pessoas, por 35 minutos, sobrevoando Cataratas, Usina de Itaipu e Marco das 3 Fronteiras.

 

Parque das Aves

Do outro lado da Avenida, de frente para a entrada das Cataratas (ou seja, nem precisa tirar o carro do estacionamento), está o Parque das Aves. Soa como um zoológico só de pássaros, meio desanimador, mas é uma experiência surpreendentemente legal. Custa R$ 36 por pessoa.

O interessante do Parque é que, diferente de um zoo comum, você não tem vários caminhos e apenas olha gaiolas/jaulas com animais dentro – lá existe um circuito único da entrada até a saída, que passa tanto entre áreas com pássaros atrás de telas, quanto dentro de domes com os pássaros soltos à sua volta (obviamente os menos agressivos).

                

De tucanos ao alcance da mão e bichos que nunca tinha visto antes, até o borboletário, é tudo muito bonito e estruturado, vale a pena conferir.

 

Usina Hidrelétrica de Itaipu

A Usina oferece diversos tipos de passeios. Optamos por dois, o Polo Astronômico e o Circuito Especial.

Estacionamento: R$ 15.

 

Polo Astronômico

Dentro do complexo da Usina existem diversas universidades e entre as instalações está o Polo Astronômico. Os guias vão apresentar o calendário solar, explicar meteoros/meteoritos/asteroides/etc, inclusive com alguns para você ver e tocar, bolas de boliche com o peso de acordo com a gravidade de vários planetas, enfim, várias curiosidades.

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O passo seguinte é o observatório, uma cúpula com um belo telescópio que será explicado e então você poderá dar uma olhadinha.

Aqui vem uma dica importante que eu gostaria de ter recebido antes de ir: às sextas e sábados existem visitas noturnas que incluem olhar para a lua e planetas, isso deve ser bem bacana. Como fomos de dia, pudemos apenas olhar para o Sol, uma bola laranja com fiapos pretos das explosões solares.

Por fim, você irá para o planetário, uma sala escura com cadeiras dispostas em grandes círculos concêntricos com boa inclinação para olhar para o teto onde o céu noturno é projetado, com suas estrelas, e ao longo de uma narração, são exibidos planetas, nossa galáxia vista ao longe, o espaço profundo…

Para quem nunca foi a um observatório (como era o meu caso) foi muito interessante, mas sim, o equipamento de projeção é um pouco antigo, a qualidade da imagem é baixa, então quem já conhece outros planetários (inclusive os de SP e RJ), vai perceber a diferença.

Por R$ 22 cada adulto, achei que valeu a pena. Não parece ser tão concorrido, chegamos sábado pela manhã e estava disponível tranquilamente.

 

Circuito Especial

Os mais preguiçosos (e menos interessados por saber como as coisas funcionam) podem optar pela Visita Panorâmica à Itaipú Binacional, na qual se dá uma volta pela parte externa do complexo, com as devidas explicações de um guia e paradas para tirar fotos. Mas se você gosta de saber mais, também vai querer fazer o Circuito Especial, que inclui a visita externa e a interna, para conhecer por dentro e, já adianto, foi uma das coisas mais legais da viagem.

Por R$ 74, você vai fazer o passeio externo e interno enquanto ouve explicações e números como: foram escavados 8,5 vezes mais do que na construção do Eurotunel, utilizado concreto suficiente para construir 210 estádios do Maracanãs, ferro e aço suficiente para 380 torres Eiffel, chegaram a trabalhar ao mesmo tempo mais de 40 mil pessoas nas obras, a vazão máxima do vertedouro chega a 40 vezes a média das Cataratas do Iguaçu, o lago da Usina é quase do tamanho da cidade de São Paulo, cada um dos 20 canos de passagem de água tem 10 metros de diâmetro e a altura da barragem principal equivale à de um prédio de 65 andares!

Eu realmente espero que esses números te chamem a atenção a ponto de querer fazer esse passeio, porque é fantástico e nenhuma foto consegue traduzir a grandiosidade dessa obra que dá orgulho aos brasileiros.

                

Por dentro, você vai ter a oportunidade de olhar para baixo e para cima e ver que há praticamente 100 metros nas duas direções, com barreira de concreto e escadaria.

        

As paredes vibram o tempo todo com tanta água correndo em contraste com a calmaria da sala de comando, com telas enormes mostrando tudo o que os engenheiros precisam para manter as coisas funcionando, um ar de sala de controle de missão da NASA (ou de uma usina nuclear Russa) com tantos painéis e botões.

Descer até a turbina passa pelo curioso elevador que mostra o número 144 (a altura em relação ao nível do mar em que estamos), e vai até aquela peça de metal enorme girando e fazendo um belo barulho.

        

Se der sorte, a vertente estará aberta e aquele volume gigantesco de água estará jorrando. Isso acontece cerca de 10% do ano, quando o volume do lago sobe demais sendo necessário deixar uma parte passar livremente, por fora dos tubos das turbinas, antes que a água passe por cima da barragem.

Por passar dentro da Usina, as turmas desse passeio são menores, acho que 15 pessoas por grupo, então é bom comprar com antecedência pela Internet. Nós tentamos comprar logo após a visita no Polo Astronômico para o sábado ainda mas já estava lotado, então compramos para domingo no primeiro horário.

 

Templo Budista

Imagine um lugar bem cuidado, grama baixinha, estátuas grandiosas, simplicidade e dourado juntos, aquela típica tranquilidade oriental. Antes de ver algumas fotos na Internet achei que não seria nada demais, mas quando vi, eu tinha que ir. É um lugar realmente muito bonito, entrada grátis – mas você vai acabar querendo comprar uma lembrança na lojinha perto da entrada.

                  

 

Comendo

A cidade é razoavelmente pequena, tem seus 250 mil habitantes, mas você pode comer bastante bem se der uma volta por lá. Almoçamos deliciosamente no Bier Garten (foto ao lado), então fica a indicação, e existem vários food trucks na Praça da Bíblia – food truck de verdade, comida de rua, simples e barata.

 

Artesanato Chocolate Caseiro

Um lugar grande e que chama a atenção na volta das Cataratas/Parque das Aves, mas visivelmente feito para pegar turistas. Tudo ridiculamente caro, atendentes que ficam te medindo de cima a baixo, casa de câmbio com a pior cotação da região, nem pare.

 

Museu de Cera

No caminho para as Cataratas e o Parque das Aves há o Museu de Cera da Dreamland. Não fui, não me chama a atenção, mas é um ponto bastante procurado por lá, então mesmo sem ter detalhes, deixo o registro para que se informe caso tenha vontade. Parei na porta apenas para tirar foto com o Bumblebee =>

 

Marco das Três Fronteiras

Estava em obras, não deu pra ir ¯\_(ツ)_/¯

 

Mesquita Muçulmana

Ponto turístico bastante indicado na cidade… que não fomos.

 

 


 

Entre as coisas legais de Foz do Iguaçu está, é claro, a facilidade de cruzar para Puerto Iguazú, na Argentina e Ciudad del Este, no Paraguai. Vamos lá!

 

Argentina

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Ao passar pelo controle de fronteira brasileiro (que aparentemente está desativado) e antes de chegar ao controle argentino, está o Free Shop – como os de aeroportos, mas provavelmente maior.

Um lugar onde os produtos não tem impostos sempre chama a atenção, e realmente você pode encontrar coisas em ótimos preços, especialmente as bebidas. Fora isso, talvez perfumes, mas no mais, não notei grandes vantagens. Vale a pena dar uma olhada.

 

Fronteira

Para cruzar a fronteira você pode pegar um pequeno trânsito a depender do horário – aparentemente os horários de entrada e saída de expediente (~8h e ~18h), óbvio, são os piores, podendo demorar cerca de 1 hora (não estávamos em época de festas/feriado prolongado, então pode ser pior nesses dias).

Ao chegar à cabine, um funcionário vai pedir o documento de todos que estiverem no carro (RG, CNH ou outro documento oficial com foto). Se o carro tiver insul film ou for a noite, abra o vidro traseiro para que ele veja quantas pessoas estão no carro. Podem perguntar onde você vai, não tem mistério, diga a verdade mesmo: -“Vou no Icebar”, -“Ok, pode ir”.

Antes de viajar fui instruído pelo corretor de seguros a fazer a “Carta Verde”, um seguro obrigatório para rodar pelo Mercosul, cobre terceiros em caso de acidente, hospital caso você adoeça, coisas do tipo. Custou R$ 74 para os 6 dias que estive por lá. Ninguém pediu na fronteira, nem da Argentina, nem do Paraguai. Se você deve fazer? Bom, se pedirem e você não tiver, vai ter que dar meia volta, pagar muito mais caro ali perto para tirar uma e tentar cruzar de novo, é um risco.

 

IceBar Iguazú

O bar de gelo da Argentina é um ponto turístico bastante conhecido e tem que fazer parte do seu roteiro. Além de um ambiente externo bem bacana, e que pelo cardápio parece ter boas comidas em preço legal, a experiência ao entrar em um bar todo feito de gelo, a -10ºC, é única (única mesmo, não tem porque voltar lá, mas ir uma vez é obrigação).

Por pouco mais de R$ 70 por pessoa (calma, é open bar!), você vestirá o casaco e luvas, entrará numa antessala a 5ºC para ir se aclimatando enquanto assiste um vídeo de apresentação e finalmente a porta de metal do frigorífico se abre.

Sim, é basicamente uma grande câmara frigorífica, com as paredes de gelo, um sofá de gelo, um banco de gelo (todos com assentos de tecido pra ninguém grudar ao sentar), urso polar de gelo, tucano de gelo, e claro, copos de gelo, para se servir no balcão de gelo, com bebidas oferecidas pelo garçom de gel… não, o garçom é normal, e é DJ também, já que a música rola alta para fazer o ambiente de bar ficar completo.

Bebidas são servidas à vontade e você tem meia hora para aproveitar – esse é o tempo da visita. Vá de calça, o casaco não cobre as pernas então bermudas, saias ou vestidos podem te deixar com frio e fazer você sair antes do final do tempo.

Celulares e câmeras parecem funcionar nessa temperatura – use por sua conta e risco (como eu fiz). Existe um fotógrafo oficial, mas comprar as fotos dele pode derreter sua carteira.

 

Dica adicional: ao fazer o retorno na via para chegar ao Bar pode haver uma barreira, com certa cara de barreira policial, que te manda encostar (especialmente se estiver com carro de placa brasileira) e dirão que você precisa pagar uma taxa de turismo para a prefeitura de R$ 4. Por conta da confusão na forma de explicar, a diferença de idioma e o jeito um tanto autoritário das pessoas que te abordam no carro, muitos devem acabar pagando. Não precisa, é opcional, pode dizer que não quer e ir embora.

 

Casino Iguazú

Claro, saiu do Brasil e tem cassino, você precisa ir jogar dinheiro fora. Seja com pesos argentinos, dólares, reais (e provavelmente até com Guaranis paraguaios), você poderá ficar horas nas máquinas apostando centavinhos, perdendo mais do que ganhando até sair sem nada – eu odeio jogos em que uma programação pode ser feita para que eu perca tudo, isso não é sorte, é intencional mesmo. 

Ou pode ir para o outro lado do salão tentar a sorte na roleta, testar as habilidades no poker ou no black jack (o nosso famoso 21). A vantagem é que esses jogos não dependem da programação feita pelo cassino (ao menos acreditamos nisso), tendo participação ativa nas decisões – o problema é que você precisa começar com 5 dólares – no caso do Poker pelo menos uns 15, e isso pra tentar uma ou duas rodadas, se perder já estará fora.

Portanto, esteja disposto a gastar mais, ou fique nas máquinas mesmo, – nelas 5 dólares deve dar para uma hora inteira de pedrinhas girando à espera de combinações naquelas telas. Ah, a área de fumantes é separada por uma porta então não rola aquela fumaceira, ponto positivo.

 

Comendo

Jantamos no A Piacere e recomendo bastante (foto ao lado). Ambiente muito agradável, comida excelente e preço (comparado ao Brasil) muito justo. Para um restaurante daquele nível, certamente pagaríamos o dobro em São Paulo. A carne é tudo aquilo que falam sobre a Argentina, pode pedir e não vai se arrepender.

Próximo a ele, na Av. República Argentina/Av. Córdoba, existem vários outros restaurantes, casas de vinhos, padarias, dê uma olhada em listas como a do Trip Advisor.

Ah, o #1 dessa lista, “La Vaca Enamorada”, tentamos… entramos, sentamos, esperamos uns 10 minutos sem ninguém se dispôr a nos atender, fomos embora.

 

Feirinha Argentina

Um centro turístico para brasileiros… lotado de brasileiros (foto ao lado). Passamos por ele e fomos embora, só se ouvia português, inclusive dos atendentes das lojinhas/bares, e os preços não eram nada convidativos. 

 

Compras

Fazer compras por lá dá um certo nó na cabeça. Geralmente quando se viaja pra fora a conta é “moeda local vezes algum número para chegar ao valor em reais”, mas na Argentina você vai ter que dividir: 10 pesos, neste momento, equivalem a R$ 2,12, ou seja, se for comprar no cartão de crédito, divida o valor em pesos por 4 pra dar aquela margem do câmbio do cartão que é sempre um pouco pior e do IOF.  Lembre-se de ligar na operadora de cartão de crédito para fazer o “aviso de viagem” caso pretenda usar.

Fazer compras vale a pena, especialmente vinhos e alfajores, ou, indo num supermercado mais de bairro você pode conseguir umas coisas bacanas por bom preço.

 

Comunicação

Por ser uma cidade que recebe muitos brasileiros, no geral é fácil se comunicar falando em português e tentando entender o que falam em castelhano. Alguns até tentam falar nosso idioma. Quando necessário, diga que não entendeu, peça para repetirem, eles não costumam achar ruim.

 


 

Paraguai

Deixamos um último dia para ir ao Paraguai. Confesso que não tinha grandes expectativas já que não se ouve mais falar com tanta frequência sobre pessoas que vão ao país para fazer compras, talvez a cotação das moedas, a entrada dos chineses no Brasil, enfim, talvez os preços não fossem mais tão bons. Foi o que pareceu nas primeiras horas, até acharmos um lugar fantástico.

 

Fronteira

Muita fila, muita confusão e nenhuma fiscalização, nem na entrada, nem na saída. Pode ter sido algo do dia/horário, pode ser que tenham aberto as portas mesmo. De toda forma, lembre-se: a cota de compras em via terrestre é USD 300 por pessoa. Acima disso o imposto é de 50%.

 

Nas ruas

Logo ao cruzar você cairá numa avenida principal, gente pra todo lado e aquele clima de 25 de Março gigante. Pessoas tentam te oferecer coisas pela janela do carro, garotos te indicam onde estacionar e mesmo que você gesticule “não” eles correm do lado do carro insistindo para você parar em determinado lugar. Nas barraquinhas, muita coisa falsificada, não me chama a atenção, de nada adianta uma marca famosa na frente se vai estragar em dois dias, mas pra quem gosta…

 

Monalisa

O tal Monalisa, um dos shoppings famosos da cidade, tem de tudo, incluindo marcas de luxo, mas basicamente ao mesmo preço do Brasil (ainda que comparando com preços de 25 de Março ou de compra pela Internet), no máximo preços reduzidos em nível Free Shop/Aliexpress. Comprei uma coisinha ou outra, vale conhecer, mas não espere sair de sacolas cheias. No último andar existem dois restaurantes, um japonês (salvo engano USD 20 por pessoa) e o outro creio que contemporâneo – muito bem avaliados no Trip Advisor.

 

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Para almoçar, andando meio aleatoriamente, entramos no Shopping Victoria (devo dizer que tentar achar o lugar pelo Google Maps está um pouco difícil, provavelmente é o Victoria Store). No último andar há uma praça de alimentação com ótimos preços. Em um deles, restaurante self service, o preço era cerca de R$ 22/Kg ou R$ 15 a vontade.

Ainda na mesma praça de alimentação, empanadas por R$ 2 cada!

Nota: Em Guaranis (a moeda local) os preços parecem assustadores já que 10.000 guaranis equivalem a cerca de R$ 5,60 neste momento. Faça as contas e fique tranquilo.

 

Shopping China

Finalmente um lugar sensacional para fazer compras. Não vou entrar em detalhe de valores, apenas digo a quem for que é tudo original (apesar do nome) e vale muito a pena.

 

Considerações finais

Ir de carro foi muito cansativo bom – para quem não liga de dirigir, vale a pena, além de facilitar muito para andar nas três cidades/países e sem gastar com aluguel de carro. O Airbnb mais uma vez foi uma escolha acertadíssima e o slogan “sua casa fora de casa” é muito verdadeiro, se sentir em casa é completamente diferente de um hotel. Foz do Iguaçu tem passeios ótimos, uma estrutura turística poucas vezes vista no Brasil, e conhecer Itaipu foi f*da! A Argentina também tem seus atrativos, além de boa comida e bebida. E o Paraguai ainda é um ótimo lugar para fazer compras, é só saber onde ir.

Voltamos com a vontade de ir mais vezes!

 

Fotos: minhas e da esposa, dê crédito ao 2Centavos.com.br se quiser utilizar :)