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Fim de temporada: New Girl, Person of Interest e Arrow

PERSON OF INTEREST

A temporada de seriados americanas está acabando e eu estou me atualizando nelas então agora vocês poderão ler, discordar e comentar sobre o que nossos personagens favoritos fizeram de bom nesse “ano que acaba” (com o menor número de spoilers possível) e o que os espera quando eles voltarem.

Bem, como a imagem do topo é de Person Of Interest, nada melhor do que começar com a ficção científica da CBS. E não venha dizer que não é ficção, pois pra quem ficava dizendo “Hey, mas um computador pode até fazer algo assim, nem é tããão ficção” perdeu toda a argumentação com os episódios finais da segunda temporada.

A máquina mostrou que é muito mais do que isso e se desenvolveu tanto quanto qualquer outro personagem nessa temporada. No fim ainda vimos mais sobre a história do Finch e ficamos com uma corporação para o ano que vem – sem falar que o time cresceu, yay!

Carter e Fosco quase que mudaram de lugar nos últimos episódios, sendo que a detetive tem que se sujar para salvar o parceiro – que já foi sujo e tenta se reerguer. Falando nisso, HR e Elias estarão ainda mais presentes na terceira temporada, além do caso da semana, claro.

Root terminou trancada, mas recebendo um baita telefonema que deve ganhar cada vez mais importância no próximo ano, já que os números sociais não aparecerão só para uma pessoa.

Person Of Interest, pra mim, tem o melhor elenco de ficção da temporada (porém terá concorrentes em breve, num próximo texto) e ganha ainda mais com os episódios roteirizados pelo criador, Jonathan Nolan, que dirigiu o 16º episódio da segunda temporada – um dos melhores da série.

Eu poderia ficar aqui bajulando minha atual série favorita o dia inteiro, então corre lá assistir pra gente conversar sobre como é incrível (ou me dizer o quanto estou errado também, seu chato).

 

New-Girl

New Girl, da Fox. Aquele seriado da Zooey Deschanel, sabe? Tem gente que não gosta, que desistiu no começo da primeira temporada – que eu entendo, pois a série ainda estava encontrando o tom – e tem gente como eu, que conseguiu passar por aqueles episódios chatos sabendo que o trabalho duro iria florescer ou só continuou vendo a garota mais linda desse universo até que o seriado ficasse bom.

O fim da segunda temporada foi divertido, embora o episódio 23, sobre as primeiras aventuras sexuais do grupo, tenha levado meu voto para o melhor da temporada. Mesmo assim o último episódio é importante: Casamento e mudança na vida de três dos quatro personagens principais da série – embora o único a não mudar continue sendo o melhor do seriado (e foi o último a entrar para o elenco, rá!).

Tá, você pode detestar um triangulo romântico formado pela primeira namorada e a ex-favorita do Schmidt, pode achar ainda mais piegas um relacionamento entre Jess (tá, a Zooey) e o Nick, mas isso já era esperado desde os primeiros episódios (aqueles chatos, lá atrás). Já o dilema de Schmidt promete tirar o personagem de sua zona de conforto e render boas situações.

Existem séries melhores sobre grupos de amigos? Possivelmente, sim. How I Met Your Mother caminha para sua última temporada (mas eu não a acompanho, então, perdão). Mas New Girl não se interessa pela dramédia e nem por risos de fundo em situações não-tão-engraçadas. É uma comédia leve, que agrada (ou não).

 

arrow-sem-camisa-pras-garota

Eu até tentei encontrar uma foto menos “colírio capricho” do Arqueiro Verde da CW, mas é difícil. Por sorte, isso é só para atrair o público alvo do canal para esse seriado que tem muito mais inspiração em Batman (do Nolan) do que em Smallville.

Nos primeiros episódios da série, tudo rumava para um “vilão da semana” costurado por flashbacks da ilha onde Oliver, o arqueiro, foi parar durante os cinco anos que se passam antes da série. Mérito dos roteiristas que conseguiram fugir disso logo na segunda metade da temporada e fizeram até mais, já que fizeram alguns vilões voltarem do túmulo bem rápido.

Os papéis principais são bem interpretados, tirando o próprio Arqueiro, que só parece ter achado o tom certo entre playboyzinho-chato-de-mentira e herói-mascarado bem no finzinho da temporada. Não que isso seja tão problemático, já que é difícil ele aparecer sozinho em cena.

A série, que tem ótimos easter-eggs para fãs de quadrinhos, também acertou em acabar logo com o drama adolescente que poderia virar algo como “Homem Aranha 3” e terminar a temporada de maneira épica. Não fosse o começo tão morno, seria a estreia favorita dessa temporada.

Vale dizer que a CW está fazendo mesmo um ótimo trabalho sem diminuir a violência para atrair “o público alvo do canal”. Se em Smallville o Clark quase não batia em ninguém, aqui o arqueiro usa um arco e mata geral (e até é cobrado por isso). Ok, não temos muito sangue nas flechadas, mas já é um começo.

 

Ainda existem séries que começaram (quase agora), outras que terminaram e algumas que já foram anunciadas e faremos o máximo possível para opinar sobre elas. Por enquanto faça um favor para seu cérebro (segure o pavor de sangue) e assista a série Hannibal, da NBC.

Por J. P. Neto

Nasceu quando Let It Be completava a maioridade e desde então vive de pizza, música, filmes, joguinhos, séries e quadrinhos. Não vê a hora da criação da vigésima quinta hora.