Assistidos sem aquela atenção crítica, talvez acabe não sendo tão detalhista, mas vale a pena comentar os dois filmes vistos recentemente no cinema: O Hobbit: A Desolação de Smaug e Frankenstein: Entre Anjos e Demônios. Spoiler da opinião: ok e meh.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
Continuação de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, o filme segue a maravilhosa lenga-lenga que era de se esperar. Transformar um único livro – que sequer é grande como os que deram origem a “Senhor dos Anéis” – em três filmes, só podia dar nisso.
Ainda assim ele é ótimo, especialmente para os amantes da mitologia criada por J. R. R. Tolkien. Os efeitos especiais continuam espetaculares (exceto pelos Orcs quando computadorizados ao invés de maquiados), as tomadas aéreas seguem nauseantes (e repetitivas) e os elfos matando com uma facilidade assustadora (e o Legolas nem está no livro, você vai dizer… ok, várias outras coisas também foram mexidas para a adaptação gerando certa revolta entre os que leram a obra original, mas pare com isso).
Enfim, visto em IMAX 3D, foi entretenimento extremamente válido e já estou na expectativa do próximo e final. Pra quem gosta do estilo, não há o que discutir, vá ver.
Frankenstein: Entre Anjos e Demônios
Ledo engano. Não é um caçador ao estilo Van Helsing ou um Hellboy e nem uma adaptação do Frankenstein original. A história do “homem” criado a partir de partes de cadáveres e animado por um cientista meio maluco há séculos na base do choque violento basicamente se aproveita apenas dessa parte da história para misturar anjos (gárgulas) e demônios (demônios, mesmo). Aliás, por que ralhos dar esse sobrenome ao filme que parece remeter ao livro de Dan Brown, ao invés de “Entre Gárgulas e Demônios”? Aff.
O filme tem efeitos de primeiríssimo nível, um elenco bacanudo e boa quantidade de pancadaria, se aproveitando de catedrais góticas e steampunk, obscuros, para dar um clima a trama. Tinha tudo pra ser excelente, mas tem bastante furo no roteiro, coisas desconexas que surgem do nada, parecem continuação de outro filme que eu não vi, e que nem existiu.
Visto em sala XD 3D, valeu pelo ar condicionado num dia de calor intenso e pela companhia (todos falam: “owwwnnn”). Ok, serei justo, vale a pena ser visto, mas foi um tanto decepcionante e podia ser bem melhor.
